Navalny, o político de oposição mais famoso da Rússia, morreu repentinamente aos 47 anos em uma colônia penal do Ártico na semana passada. Assessores e família afirmou que o governo russo o assassinou, o que o governo nega.
A mãe de Alexei Navalny, Lyudmila, teve acesso a um certificado de óbito do filho em que se diz que ele morreu de causas naturais no dia 16 de fevereiro, disseram assessores de Navalny. Ela foi ao necrotério, teve acesso ao corpo nesta quinta-feira (22) e conversou com investigadores.
Ela afirmou que investigadores russos planejam enterrar o filho dela em segredo, sem um velório, e disse não concordar com isso.
"Eles querem que isso seja feito em segredo, sem despedida. Eles querem me levar à beira do cemitério, a um túmulo novo e dizer: aqui jaz seu filho. Eu não concordo com isso", disse, em um vídeo publicado no YouTube.
Não houve resposta dos investigadores russos em um primeiro momento.
Navalny, o político de oposição mais famoso da Rússia, morreu repentinamente aos 47 anos em uma colônia penal do Ártico na semana passada. Assessores e família afirmou que o governo russo o assassinou, o que o govenro nega.
O governo da Rússia afirma não ter nada a ver com a morte de Navalny e que as circunstâncias estão sendo investigadas. O presidente Vladimir Putin ainda não comentou o caso.
Alexei Navalny preso em protesto contra a corrupção, em 2017 — Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu na Califórnia com a viúva e a filha de Navalny.
Biden expressou a Yulia e Dasha Navalnaya "suas sinceras condolências por sua terrível perda", em um encontro na cidade de San Francisco, afirmou a Casa Branca em comunicado, no qual reafirmou seu anúncio de sanções contra a Rússia.
Durante a reunião, "o presidente expressou sua admiração pela extraordinária coragem de Alexei Navalny e seu legado de luta contra a corrupção e por uma Rússia livre e democrática", diz o texto.
Biden "destacou que o legado de Alexei continuará através de pessoas em toda a Rússia e ao redor do mundo que lamentam sua perda e lutam pela liberdade, democracia e direitos humanos".
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