Prisões aconteceram em PE, na PB e no CE. Um dos alvos do mandado de busca e apreensão foi um guarda municipal que fornecia armas para criminosos venderem.
Sete integrantes de uma quadrilha suspeita de roubos a banco, estelionato e comércio ilegal de armas de fogo foram presos na terça-feira (13). As prisões aconteceram durante a Operação Vigário, realizada pela Polícia Civil em três estados brasileiros: Pernambuco, Paraíba e Ceará. Ao todo, foram presos seis homens e uma mulher, de nomes e idades não divulgados.
"Eles praticavam o crime no Recife e na Região Metropolitana e alguns alvos também são de fora [de Pernambuco]. Nós cumprimos [mandados de] prisão em Paulista, em João Pessoa, em Campina Grande e em Itapipoca, no Ceará. Foram apreendidas seis armas de fogo, 131 munições, além de celulares", afirmou o delegado Diego Jardim, responsável pela investigação.
Além dos sete mandados de prisão, também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão domiciliar e bloqueio judicial de ativos — todos expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Paulista. "Um deles [mandados de busca e apreensão] foi contra um guarda municipal que fornecia armas para esses indivíduos venderem", disse o delegado.
As investigações que culminaram nessas prisões começaram em fevereiro de 2023, tendo como alvo inicial um assaltante de bancos no Nordeste.
"Ele é antigo nessa vida do crime. A gente tem informação de que ele roubou dois bancos na Paraíba, roubou a Unicred em Campina Grande, roubou os Correios e o Banco do Brasil em cidades do interior e esse mandado de prisão foi por [causa do roubo a] uma instituição financeira no Cabo [de Santo Agostinho, no Grande Recife]", contou Diego Jardim.
Em coletiva de imprensa realizada no Recife nesta quarta-feira (14), o delegado explicou como os cirminosos abordavam as vítimas. Além de vender armas de fogo, munições, carros clonados e motores de veículos roubados, eles praticavam estelionato contra idosos.
"Eles se gabavam muito da quantidade de dinheiro que conseguiam, euro e tudo. Eles abordavam vítimas idosas, muito bem-vestidos e arrumados, um deles se dizia auditor da Receita [Federal]. E eles começavam a ludibriar a vítima e faziam ela entrar no carro, aí ela já começava a se sentir constrangida. Aí eles começavam a fazer as transferências, inclusive sacar euros nas casas de câmbio", afirmou o delegado.
Ainda de acordo com Diego Jardim, duas idosas vítimas da quadrilha foram identificadas e prestaram depoimento. "A gente já colheu depoimentos e elas já reconheceram os autores do crime. Só dessas duas vítimas, foram mais de R$ 244 mil [roubados pelos bandidos]", declarou Diego Jardim.
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