A prisão aconteceu na terça-feira (26), dentro da casa do homem, no bairro de Vila Rica, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O nome do fotógrafo preso não foi divulgado pela Polícia Civil

“Era um indivíduo longe de qualquer suspeita e ele não confessa o crime. [...] Não temos a motivação exata. Ou foi uma questão pessoal, ou existe alguém que fez alguma promessa de pagamento”, disse o delegado.

O delegado também contou que as investigações duraram 10 meses e que a polícia chegou até o suspeito após analisar imagens das câmeras de segurança instaladas no estacionamento da academia (veja vídeo acima) e por provas técnicas da Polícia Civil.

Segundo o delegado Cley Anderson, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o criminoso agiu com frieza.

 

“Foi uma investigação complexa e foi difícil chegar na autoria desse crime. É uma pessoa que a gente acredita que tinha uma vida dupla, e, pela frieza que cometeu, após o crime viveu sua vida normalmente”, afirmou Cley Anderson.

 

 

Vítima era investigada e tinha histórico criminal

 

Beto da Mídia nasceu em Juazeiro do Norte, no Ceará, e era dono de postos de combustíveis e lojas de venda de veículos novos e usados, na cidade natal dele, no Conde (PB) e em três municípios pernambucanos: Recife; Caruaru, no Agreste; e Petrolina, no Sertão.

De acordo com Caio Wagner, o histórico criminal de Beto da Mídia dificultou as investigações: o empresário tinha antecedentes por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.

“Você começa a investigação do homicídio pela vítima, e Beto da Mídia era uma pessoa envolvida em várias atividades criminais, já tinha sido preso por tráfico, e a gente sabe que é uma atividade que acompanha as pessoas. Ele era empresário, envolvido em vários comércios, e tinha várias relações conflituosas nesses comércios. [...] E poderia ter muita gente que queria esse assassinato”, declarou o delegado.

Caio Wagner também contou que, na época da morte do empresário, Beto da Mídia estava sendo investigado por outras delegacias do Grande Recife, por possível envolvimento dele em agiotagem.

Os crimes por tráfico e posse ilegal de arma de fogo cometidos por Beto aconteceram em Juazeiro do Norte. Ainda de acordo com a polícia, em 2008, ele foi preso na Operação Cariri sem Drogas, da Polícia Federal, numa investigação de uma quadrilha que distribuía drogas vindas da Colômbia.

 

 

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