Grade preparada pela Prefeitura do Recife ganhou o reforço de mais um espetáculo internacional, que fará sua estreia no Brasil. O suíço "A Journey on Moving Grounds" será apresentado no Pátio do Carmo, nesta quarta-feira (25). Até quinta-feira (26), serão oferecidos mais seis espetáculos, lançamento de livro, mostra de artistas independentes e batalha de breaking
A 26ª edição do Festival Internacional de Dança do Recife vai dar mais um passo para sincronizar os movimentos que emanam da capital pernambucana com as coreografias, emoções e questionamentos que andam riscando os palcos do mundo. A programação, preparada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, ganhará, nesta segunda semana, o reforço de mais um espetáculo internacional inédito no país.
"A Journey on Moving Grounds", da companhia suíça Antipode Danse Tanz, será apresentado nesta quarta-feira (25), às 15h, no cenário indefectível do Pátio do Carmo, subvertendo com programação cultural gratuita e gabaritada a rotina do centro. O espetáculo, concebido por uma bailarina e uma arquiteta, Nicole Morel e Lea Hobson, mistura corpos, formas e volumes geométricos para performar uma escultura viva e sensível, em movimento. Será a segunda estreia internacional que a programação apresentará ao país desde o início das atividades, no último dia 19. E o terceiro espetáculo estrangeiro da grade.
Até a próxima quinta-feira (26), o Festival, que está espalhando programação por toda a cidade, com o tema “Dança e Existência”, totalizará 16 espetáculos: dez locais, 3 nacionais e 3 internacionais, para falar sobre e para corpos de todas as cores, idades e gêneros, com e sem deficiência, a respeito de temas como diversidade, respeito, inclusão e tempo, convidando todo mundo para a dança.
O Festival contou e contará ainda com oficinas, lançamentos de livros, mesas de debate, apresentação de filmes e batalha de breaking, em teatros, ruas e espaços públicos. A programação é gratuita. Nos teatros, em função da capacidade de público, os ingressos serão distribuídos na bilheteria, uma hora antes do início de cada apresentação, por ordem de chegada.
Até a próxima quinta-feira (26), serão oferecidos mais seis espetáculos. Entre eles, uma versão inédita do celebrado Pontilhados, que o Grupo Experimental, grande homenageado desta edição, criou especialmente para apresentar no Festival. Será no Teatro do Parque, com direito a exibição de documentário e lançamento de livro, antes e depois.
E tem mais novidade na grade dos próximos dias. Realizado pelo poder público municipal para celebrar e confirmar o fôlego dos profissionais da dança na cidade da música, o Festival deste ano inaugura o projeto Primeira Cena, abrindo espaço para grupos e artistas iniciantes. Será nesta quarta-feira (25), no Teatro Hermilo Borba Filho, a partir das 19h, apresentando artistas e grupos independentes, nas seguintes performances: (“Saída de Emergência”; “Manifesto do Invisível”; “Baixa Fidelidade Urbana”; e “Aruanã”
Confirmando e reconhecendo as ruas como palco prioritário das programações culturais públicas e também como nascedouro potente de movimentos artísticos os mais variados, a programação encerra com uma batalha de breaking, na quinta-feira, a partir das 19h30, na Quadra do Buraco da Gata, no Ibura.
Homenageados
Para celebrar todos os corpos e grupos que asseguram tônus à vocação do Recife para fazer da cultura um movimento que nunca cessa, o 26º Festival Internacional de Dança vai render homenagem à bailarina, coreógrafa, professora e produtora Mônica Lira e ao Grupo Experimental, do qual é fundadora e diretora.
Mestra em dança, especializada em gestão, produção cultural e dança contemporânea, Mônica sempre foi corpo, inspiração e emoção a serviço da arte, tendo atuado também na esfera pública, como gestora cultural.
À frente do Grupo Experimental, segue promovendo, desde 1993, o encontro entre o Recife, seus palcos, aplausos, ruas e rotinas com a dança. E com o mundo. Além de percorrer mais de 40 cidades no Brasil, o Experimental, que já recebeu prêmios como o Klauss Vianna, desembarcou a cara, o jeito, a forma de sentir e se expressar do Recife em Portugal, na Espanha, Itália, Lima, Equador, Colômbia…
Sempre abrindo novos caminhos para a dança, Mônica e seus experimentais seguem subvertendo asfalto em palco, corpo em música e em poesia, Recife em mundo inteiro.
Confira a programação completa no perfil @culturadorecife, no Instagram:
PROGRAMAÇÃO
26º Festival Internacional de Dança do Recife
De 19 a 26 de outubro
Acesso gratuito (ingressos distribuídos uma hora antes de cada espetáculo)
Dia 24 (terça-feira)
19h - “Itaêotá”, do Grupo Totem (Recife), no Teatro Apolo
20h - “Revinda”, solo de Rebeca Gondim + “Obirin-Kunhã”, solo de Marcela Rabelo, no Teatro Hermilo Borba Filho
Dia 25 (quarta-feira)
15h - "A Journey on Moving Grounds", da companhia Antipode Danse Tanz (Suíça), no Pátio do Carmo
16h - “Superficiais”, da Cia Etc. (Recife), na Vila do Pilar, em frente à Escola Nossa Senhora do Pilar
19h - Primeira Cena (“Saída de Emergência”; “Manifesto do Invisível”; “Baixa Fidelidade Urbana”; e “Aruanã”), no Teatro Hermilo Borba Filho
20h - “Inverso Concreto”, de Cláudio Lacerda/Dança Amorfa (Recife), no Teatro Apolo
Dia 26 (quinta-feira)
16h - Exibição do documentário “Conceição em nós”, do Grupo Experimental, no Teatro do Parque
18h - “Pontilhados”, do Grupo Experimental + Lançamento do livro “Pontilhados: dançando experiências humanas em mundos desumanos”, no Teatro do Parque
19h30 - Batalha de breaking, na Quadra do Buraco da Gata, no Ibura
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