"Sabemos que existe uma população de risco, com maior chance de desenvolver esse tipo de câncer. O acompanhamento deve começar a partir dos 45 anos, mas defendemos que a conduta tem que ser através de decisão compartilhada entre médico e paciente. O paciente tem mais de 90% de chance de cura com o diagnóstico precoce", explica Alfredo Canalini.
Quais os sintomas do câncer de próstata?
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:
- Dificuldade de urinar;
- Demora em começar e terminar de urinar;
- Sangue na urina;
- Diminuição do jato de urina;
- Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
Esses sinais e sintomas também ocorrem devido a doenças benignas da próstata. Por exemplo:
- Hiperplasia benigna da próstata é o aumento benigno da próstata. Afeta mais da metade dos homens com idade superior a 50 anos e ocorre naturalmente com o avançar da idade;
- Prostatite é uma inflamação na próstata, geralmente causada por bactérias.
PSA, toque, ressonância, biópsia
A análise da próstata é feita pela dosagem do PSA no sangue juntamente com o exame de toque. Um exame não exclui o outro, visto que é possível ter PSA aumentado e não ter a doença ou tê-lo normal e ter a doença. O PSA também pode aumentar no caso de prostatite e HPB, e há situações em que ele não se altera mesmo com o câncer em curso.
"O próximo exame é a ressonância nuclear magnética da próstata. O profissional consegue classificar as imagens como não suspeitas de câncer e pode verificar se existem nódulos", explica o urologista.
Já a biópsia vai confirmar se existe ou não a presença de câncer. "Na biópsia conseguir classificar se é mais agressivo, ou se é indolente, se vamos só acompanhar o paciente. Tudo isso é conversado", completa o presidente da SBU.
O tratamento pode vai depender de vários fatores. Em alguns casos, o tratamento imediato pode não ser necessário e os médicos recomendam a vigilância ativa (com acompanhamento regular). Em outros, a cirurgia de retirada da próstata é o suficiente. A radioterapia e o tratamento hormonal também podem ser indicados.
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